29.12.04

estranhas horas difíceis

Que vontade é esta
De escrever tudo o que tenho dentro
De falar nas coisas que penso
E pensar nas outras que sinto

Pesadelo de quem sou
Acordo-me num impulso
Até perceber que não fui
Senão interprete e recluso

Interprete de mim próprio
Da vontade que me acorda
De descobrir meus ideais
E encontar lugar no mundo

Recluso das ideias minhas
Pra onde tantas vezes fujo
Das coisas feias da gente
Que fazem do mundo sujo

Estranhas horas difíceis
Onde uns caem e outros subsistem
Voando nas asas dos sonhos
Vencendo os que neles existem


r.Dez/04

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