24.11.08

E sentir aquela alegria de estar de bem com a vida, de sorriso estampado no rosto, apesar do frio, apesar da chuva que ameaça as pedras da calçada, lá fora

zero

é bom recomeçar.
é bom sentir quando as pequenas coisas falam connosco,
quando nos pedem de novo que falemos delas.

é impossível continuar indiferente, ser indiferente.

a vontade.
dos momentos desenhados de uma alegria pura e esgotante,
que nos tocam a face num beijo quente e aveludado, como quem diz
boa noite, agora já podes adormecer, agora está tudo bem.

aqueles momentos de comunhão com a pureza despida das palavras.

19.3.08

apetece sempre viajar.
apetece sempre viajar por mundos só nossos como apetece ao nosso corpo respirar.
apetece o tempo e a esperteza para o fazer nas palavras mais bonitas,
naquelas que a língua vai pensando ao moldar-se no aveludado da rima.

estou em falta para comigo.

espero pela noite para retomar a escrita.
eu e tu,
as estrelas que te pintam o corpo,
o vento...
que acolhe os desatinos do dia e as memórias boas da viagem.

para chegar um pouco mais longe todos os dias:
para chegar um pouco mais perto,
todos os dias.

tudo para que no fim o mundo seja apenas o que sempre foi,
mas um pouco mais nosso.