Talvez todos achemos que não temos total controle sobre nós, sobre a dimensão física que nos completa, que nos apresenta ao mundo dos iguais, como fronteira entre o mundo de dentro e o de fora. Penso nisto, quando de mim fujo e ao longe me vejo. Por vezes sinto a falta de ligação entre o que sou e o que mostro. Não, não, não o que mostro, mas o que se vê. Sinto por vezes uma prisão, um invólucro desajeitado que comigo coexiste, que suja de frio distante e bruto as cores macias e ternas de que pensamos ser feitos.
Invejo os que não vêm para além de si. Os que não duvidam, os que têm sempre certezas. Invejo as coisas que não pensam e apenas existem, porque para elas existir resume-se a não pensar sequer se existem.
5.8.05
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2 comments:
sinceramente, tou surpreendido com à tua escrtia, rapaz ... pela positiva claro!
muito obrigado!
Quem não sabe contar por imagens, tenta por outros caminhos
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