21.6.05

Passa demoradamente os olhos cansados do sono da vida, por entre linhas de letras vazias de significados e de poesia. Dispersa apenas por um instante, tenta ouvir para além dos sons e formas dadas por outros. Sente-lhes vida, não estão presas nem mortas. Percebe-as agora. e divaga e brinca e dá-lhes novas cores e significados, tão mais longe de suas celas, tão mais longe da razão, tão mais perto da afeição dos sentidos.

Junta agora fins de frase, como uma criança feliz, que de palavras fogo e noite constrói um sonho que o aquece até ao despertar do dia.

4 comments:

Anonymous said...

Disperso-me por um instante, do que quer que seja q faço no momento e que de repente já nem importa... pára tudo! Esqueço por momentos o real e deleito-me nestas palavras a transbordar de poesia, não o sendo. E assim me deixo levar, mais uma vez, pelos caminhos que elas esboçam na imaginação... ou que a imaginação rasga sobre elas. Sigo. Penso, divago, brinco, sonho. Conheço-me. Conheço-te(?).

Numa encruzilhada de pensamentos engano-me no caminho... e estou de volta ao real.
Resta-me aguardar que a porta se abra novamente e as palavras me chamem para viajar mais um pouco...

Aguardo... :)

r. said...

Obrigado betinha ;)

Anonymous said...

Palavras profundas... dores sentidas. triste sorte de quem espera


*
CP

r. said...

Obrigado por passares ;) não te conheço.. tens blogue? deixa o link!

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