experiencia
experiencia
Sempre me disse que ali moraram antepassados meus que morreram.
Para mim nunca foram vivos, sempre os conheci mortos. sei-o porque me era indiferente ouvi-la gastar-lhes os nomes, quando com o esforço de todas as rugas da face pálida e gasta se lembrava de nomes de homens e de mulheres, e da professora nova que vinha de bicicleta por entre os pinhais escuros e húmidos que lhe lembraram que tinha sido em Novembro desse ano que nascera o seu primeiro filho, que tinha já morrido num ano há muitos séculos atrás mas de que ainda se lembrava como se fosse ontem. ja te disse que és igual ao teu pai? perguntava de tempos a tempos, enquanto falava das pessoas que ali morreram. e das pessoas que ali morreram antes das pessoas que ali morreram. e das pessoas que ali morreram antes das pessoas que ali morreram antes das pessoas que ali morreram.
O negro das pingas lembrava o escuro da noite.
Ela, muito velha, pintada de exageros como quem de engano engana a morte, morreu.
Posted by r. at 17:41 6 comments
dizem que ando irritado. nao. ando confuso e a precisar de respirar.
Posted by r. at 03:54 2 comments
e quando os corpos mornos e a roupa quente se gostam, o inverno chega em pingas geladas, perdidas no vento sem norte
Posted by r. at 03:21 1 comments
pinto-te em cores que só eu sei.
desenho-te em palavras num cenário que é só meu.
Posted by r. at 23:39 1 comments
Nunca, por mais que me cruze com as pessoas a lerem os meus livros nas paragens de autocarro, nunca, por mais que veja universitários a caminharem despreocupados com os meus livros debaixo do braço, nunca, por mais que traduzam os meus livros e haja pessoas a lê-los em línguas cheias de consoantes, nunca hei-de ficar indiferente no momento em que alguém esteja a ler um livro meu perto de mim. Nas palavras que escrevi permanece aquilo que pensei durante um momento, ou durante um ano, ou durante a vida toda. Nas palavras que escrevi permanece aquilo que fui, aquilo que não sei se ainda sou. Quando alguém lê um livro meu perto de mim, sou uma criança envergonhada.
José Luís Peixoto, Uma Casa na Escuridão
Posted by r. at 04:18 0 comments
não me posso esquecer de dar uma olhadela no que estes senhores andaram a fazer e de saber do que fala este senhor no seu Advertisements for Architecture
Posted by r. at 00:43 0 comments
a prova provada de que informção não é o mesmo do que conhecimento é eu ainda não ter percebido se as aves de facto tossem
Posted by r. at 13:56 5 comments
Fechei os olhos para ver. Depois do susto, estava triste. Tinha os olhos grandes de criança cheios de um lago calmo, tinha uma ruga na pele branca da testa, tinha lábios finos a tremerem muito brandamente. Os meus olhos dentro de mim foram serenos a olhá-la. Pela primeira vez, como se me desse a mão, os seus olhos foram ainda mais doces e os seus lábios finos e belos repousaram num sorriso.
José Luís Peixoto, Uma Casa na Escuridão
Posted by r. at 23:27 0 comments
Menina do anel de lua e estrela
Raios de sol no céu da cidade
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Manhã chegando
Luzes morrendo, nesse espelho
Que é nossa cidade
Quem é você, qual o seu nome
Conta pra mim, diz como eu te encontro
Mas deixa o destino, deixe ao acaso
Quem sabe eu te encontro
De noite no Baixo
Brilho da lua oh oh oh, noite é bem tarde
Penso em você, fico com saudade
Caetano Veloso, Lua e Estrela
Posted by r. at 16:48 0 comments
nunca conseguira perceber o que murmurava aquela voz. o som da ladaínha ecoava vezes sem conta, devolvendo o eco das paredes que ecoavam também de volta, como se a conhecessem já de cor, tantas foram as vezes que o fizeram.
arde pavio
arde-te só
arde-me
vazio
palavra sem ser
noite sem lua
alma vazia,
a tua.
arde pavio
arde-te só
arde-me
vazio
arde pavio
arde-te só
arde-me
vazio
arde pavio
arde-te só
arde-nos
Vazios.
Posted by r. at 02:04 0 comments
considerem esta frase como uma pequena virgula, que separa sem separar o tempo que passou e o que está por passar
Posted by r. at 00:41 1 comments
Álvaro de Campos
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Posted by r. at 00:10 0 comments
O problema de spam está por fim resolvido.
podem comentar, o meu antivirus não vos vai fazer mal... a não ser que eu o mande
Posted by r. at 22:29 5 comments
Posted by r. at 21:35 5 comments
Os estores estavam corridos, como quando os deixei da última vez que lá tinha entrado. Retomo mecanismos de outras chegadas e descubro sem esforço a cama. Pouso o malote em cima do colchão que penso nú e sinto o cheiro da roupa de cama por usar. Ofuscado pelos raios de fim de tarde que rompiam tímidos e escuros por entre os buracos de estore, decido por fim acender a luz. Vi aquele quarto vazio. Senti-o também vazio de mim e do que sou. Depressa se amontoaram as lembranças das noites de verão de janela aberta em que adormecia com o luar, das primeiras manhãs de primavera acordado pelas pingas molhadas que lembravam ainda o frio da noite.
Por momentos esqueci-me de mim e lembrei-me do outro que ali morava.
Posted by r. at 23:47 0 comments
um dia destes conto-te um segredo, disse-lhe pedro. porque não contas já? axo que sei o que me vais dizer. não, um dia destes conto-te que gosto de ti.
Posted by r. at 13:22 3 comments
saboreavam o fim de tarde em aromas de café. Olhavam-se, nos silêncios tímidos que a máquina fabricava por entre o fabrico do café. Era velha, quase antiga. Parecia existir há tanto tempo como o tempo que aqueles silêncios pareciam demorar. Conversavam. a cada silencio as palavras ecoavam vazias, como que esperando pelo olhar para dizer o que não foi dito, todo o resto, tudo. Num impulso, por falta de atenção dos dois, os olhos deixaram-se descansar no espelhar do que viam, reconhecendo o olhar de quem procura ver-se e conhecer o que vê. Souberam-se iguais, distraídos do mundo e do esconder envergonhado do sol. Ele ia por fim contar-lhe a sua estória.
Mas o segredar do café fora agora mais curto e a máquina retomou a labuta e o Vítor gritou lá longe - o café está pronto, e se continuam aí especados ainda perdem o pôr do sol. não foi p’ra isso que vieram? Não vos percebo.
Posted by r. at 04:49 0 comments
Trem das Cores
A franja na encosta
Cor de laranja
Capim rosa chá
O mel desses olhos luz
Mel de cor ímpar
O ouro ainda não bem verde da serra
A prata do trem
A lua e a estrela
Anel de turquesa
Os átomos todos dançam
Madruga
Reluz neblina
Crianças cor de romã
Entram no vagão
O oliva da nuvem chumbo
Ficando
Pra trás da manhã
E a seda azul do papel
Que envolve a maçã
As casas tão verde e rosa
Que vão passando ao nos ver passar
Os dois lados da janela
E aquela num tom de azul
Quase inexistente, azul que não há
Azul que é pura memória de algum lugar
Teu cabelo preto
Explícito objeto
Castanhos lábios
Ou pra ser exato
Lábios cor de açaí
E aqui, trem das cores
Sábios projetos:
Tocar na central
E o céu de um azul
Celeste celestial
Caetano Veloso
Posted by r. at 22:14 0 comments
Little child
Looking trough your eyes
Assailant in your soul
Found so much love inside
Thought you could save us all
The sweet sound of your lips
Reminds me of those days
When you childly sang your heart
In love stories and lullabies
Cherished dreams we had
Back in the age of ten
Our hands and heads were small
And yet, the size of the world
r.
Posted by r. at 03:33 0 comments
Talvez todos achemos que não temos total controle sobre nós, sobre a dimensão física que nos completa, que nos apresenta ao mundo dos iguais, como fronteira entre o mundo de dentro e o de fora. Penso nisto, quando de mim fujo e ao longe me vejo. Por vezes sinto a falta de ligação entre o que sou e o que mostro. Não, não, não o que mostro, mas o que se vê. Sinto por vezes uma prisão, um invólucro desajeitado que comigo coexiste, que suja de frio distante e bruto as cores macias e ternas de que pensamos ser feitos.
Invejo os que não vêm para além de si. Os que não duvidam, os que têm sempre certezas. Invejo as coisas que não pensam e apenas existem, porque para elas existir resume-se a não pensar sequer se existem.
Posted by r. at 02:59 2 comments
Escolhe um grupo e responde com títulos de temas interpretados por ele: MUSE
és masculino ou feminino?: Muscle Museum
descreve-te a ti próprio: The Smallprint
como algumas pessoas se sentem em relação a ti: Feeling Good
como é que te sentes contigo próprio: Rulled by Secrecy
descreve onde gostavas de estar: In Your World
descreve como vives: Butterflies and Hurricanes
descreve como amas: Endlessly
o que pedias se pudesses satisfazer um único desejo: Falling Away With You
partilha algumas palavras de sabedoria: Thoughts of a Dying Atheist
agora despede-te: Blackout
Posted by r. at 00:43 3 comments
Linda
entrou tão insegura,
mas com tanta candura
me chamando a seus braços
Linda
me fez olhar você
nesse sem jeito tão seu
me cegando em seus traços
Linda
você me enfeitiçou
assim que você me olhou
de lá desses olhos negros
Linda
você iluminou meu dia
aqueceu minha manhã fria
com esses sorrisos largos
Linda Linda de tão Linda
que mexeu meu coração
me tirou de meus cansaços
e me fez cantar essa canção
r.Mai05
tentem outra vez, agora com pronuncia brásilêra, ao som acústico do viôlão.
Posted by r. at 01:41 2 comments
quando o som de tuas solas
me chamar de meu dormente,
não te escondas nem te mostres,
quero que passes indiferente.
porque em meu sonho tu és eu,
só minha sombra te denuncia,
deambulando, vagabundo,
nas horas em que a noite é dia
r. Fev05
Posted by r. at 03:14 1 comments
Já Pessoa dizia que se se pudesse ouvir o olhar...
Quem quer dizer o que sente
Não sabe o que há de dizer.
Fala: parece que mente
Cala: parece esquecer
Posted by r. at 02:50 0 comments
Passa demoradamente os olhos cansados do sono da vida, por entre linhas de letras vazias de significados e de poesia. Dispersa apenas por um instante, tenta ouvir para além dos sons e formas dadas por outros. Sente-lhes vida, não estão presas nem mortas. Percebe-as agora. e divaga e brinca e dá-lhes novas cores e significados, tão mais longe de suas celas, tão mais longe da razão, tão mais perto da afeição dos sentidos.
Junta agora fins de frase, como uma criança feliz, que de palavras fogo e noite constrói um sonho que o aquece até ao despertar do dia.
Posted by r. at 00:24 4 comments
As Palavras
São como um cristal,
as palavras.
Algumas, um punhal,
um incêndio.
Outras,
orvalho apenas.
Secretas vêm, cheias de memória.
Inseguras navegam:
barcos ou beijos,
as águas estremecem.
Desamparadas, inocentes,
leves.
Tecidas são de luz
e são a noite.
E mesmo pálidas
verdes paraísos lembram ainda.
Quem as escuta? Quem
as recolhe, assim,
cruéis, desfeitas,
nas suas conchas puras?
Eugénio de Andrade
Posted by r. at 20:35 1 comments
Posted by r. at 14:54 0 comments
"Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Pra ficar mais perto, bem mais de perto.
Ficar mais perto, bem mais de perto."
CLÃ - Problema de Expressão
Mais grandes músicas e letras... ou melhor... músicas, porque tb a melodia das palavras toca bem alto, lá bem no fundo.
Posted by r. at 09:36 0 comments
Não as espera mais perdidas, deseja que voltem sempre e sempre e com mais força. Trazem agora cheiros e sabores e lembranças de proximidades e tanta beleza como a quem as palavras levam. Por momentos, crê que as grita ao mundo em voz firme, com uma selvajaria imensa. Mas acalma na ânsia de explodir, como quem perde para si um momento que passou.
Se algo lhe acontecer pede só que juntem o pouco dos pedaços que de si sobraram, e que o ajudem a recomeçar,
noutro tempo, noutro lugar.
Posted by r. at 06:35 0 comments
Isto a juntar a um dia mau. Que sentimento de culpa...
by the way, lembrei-me agora que ainda não almocei.
Posted by r. at 17:15 0 comments
Sou tão distraído. Esqueço-me das coisas. Não é não ligar, porque ligo, mas esqueço-me simplesmente. Hoje aconteceu outra vez. Irrito-me a mim mesmo com isto. O sentimento de impotência em saber que esqueci...
Preciso de descanso.. muito
Posted by r. at 17:02 2 comments
E pedro decidiu escrever-lhe. cabelos negros como a cor de tua pele/caracois soltos como o som de teu sorrir. Esperou, esperou. Guardou o que dizia para si. Pensou que o vento, que lhe arrefecia o calor do embaraço, lhe roubaria as palavras que teimava em não esquecer. Tão mais fácil se roubasse ó Pedro!
Posted by r. at 04:18 3 comments
Posted by r. at 15:08 3 comments
navegar,
nos ventos longinquos da memória.
que de pedra planície e mar
construiram acérrima glória
desencobrir,
ressuscitar pedaços de história
os outros que levam a sentir
uma tao nobre convocatória
há melhor ópio da grandeza
do que a grandeza dos que são os nossos?
r.
Posted by r. at 02:39 0 comments
Posted by r. at 00:47 0 comments
Os bons filmes são aqueles que nos fazem torcer pelo beijo heróico dos protagonistas. Os filmes geniais são os que nos deixam uma semana calados, mudos, que nos fazem pensar de que nada vale uma palavra nossa, que estrague a lembrança das últimas linhas de texto de um final memorável.
I guess I could be pretty pissed
of f about what happened to me...
but it's hard to stay mad, when
there's so much beauty in the
world. Sometimes I feel like I'm
seeing it all at once, and it's too
much, my heart fills up like a
balloon that's about to burst...
LESTER continues to FLY above the clouds, LAUGHING.
And then I remember to relax, and
stop trying to hold on to it, and
then it flows through me like rain
and I can't feel anything but
gratitude for every single moment
of my stupid little life...
He's SOARING higher and higher...
You have no idea what I'm talking
about, I'm sure... but don't
worry...
And He SOARS out OF sight.
You will someday.
FADE to BLACK.
Posted by r. at 23:37 0 comments
Dorme enquanto eu velo...
Deixa-me sonhar...
Nada em mim é risonho.
Quero-te para sonho,
Não para te amar.
A tua carne calma
É fria em meu querer.
Os meus desejos são cansaços.
Nem quero ter nos braços
Meu sonho do teu ser.
Dorme, dorme. dorme,
Vaga em teu sorrir...
Sonho-te tão atento
Que o sonho é encantamento
E eu sonho sem sentir.
Fernando Pessoa
Posted by r. at 18:18 1 comments
eerie whispers
trapped beneath my pillow
won't let me sleep
your memories
and I know you're in this room
I'm sure I heard you sigh
Floating in between
where our worlds collide
it scares the hell out of me
and the end is all I can see
and it scares the hell out of me
and the end is all I can see
and I know the moment's near
and there's nothing you can do
look through a faithless eye
are you afraid to die?
It scares the hell out of me
and the end is all I can see
and it scares the hell out of me
and the end is all I can see
MUSE - Thoughts of a Dying Atheist
Posted by r. at 20:50 0 comments
Se tivessem oportunidade de voltar atrás no tempo, nem que fosse por 5 minutos, que situação escolhiam? E mesmo se pudessem voltar atrás... faziam-no realmente? mesmo que o tenham dito na sinceridade do repentismo, na melhor das intenções? se algo tivesse escapado à atenção da nossa reflexão de nós, durante tanto tempo, mesmo que os estimulos da sua lembrança tenham sido vários e constantes... ao chegar fora de tempo deve ser dita ou esquecida para sempre?
hoje deixo-vos esta que é minha.
Posted by r. at 23:27 0 comments
Só um pensamento, tenho andado nostálgico: Buscamos tantas vezes o paladar aveludado da lembrança e, na preguiça destes momentos, saboreamo-lo demoradamente. É uma ideia confortável, a de comprarmos de volta fragmentos do que já fomos, sonhando-os em alimento para a vida de fora.
Posted by r. at 03:27 1 comments
"Alhures, sem dúvida, é que os poentes são. Mas até deste quarto andar sobre a cidade se pode pensar no infinito. Um infinito com armazéns em baixo, é certo, mas com estrelas no fim..."
Retirado do texto último do Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa
li e gostei muito, ou melhor... gostei-me lê-lo ;)
Posted by r. at 02:11 0 comments
IMI - Imposto Municipal Sobre Imóveis
IMT - Imposto Municipal Sobre as Transmissoes Anerosas
Tudo está bem quando acaba bem
Posted by r. at 20:06 0 comments
Folheando folhas brancas, meias vazias meias por escrever
apercebem-se os dedos cansados que estão fartos de tanto ler.
Param, surpresos, e meditam, no branco que lembram riscado,
na certeza de que no fim apenas aquele desenho será lembrado!
Já nem me lembrava deste desenho, na aula de impostos e taxas de PRU.
Alguém sabe o que é o IMI? e o IMT? porra
Posted by r. at 17:56 0 comments
<< Releio passivamente, recebendo o que sinto como uma inspiração e um livramento, aquelas frases simples de Caeiro, na referência natural so que resulta do pequeno tamanho da sua aldeia. Dali, diz ele, porque é pequena, pode ver-se o mais do mundo do que da cidade; e por isso a aldeia é maior que a cidade...
Posted by r. at 01:57 0 comments